3 de jul. de 2002

Oikos


Oikos, casa em grego, é o primeiro espetáculo da Trilogia do Minotauro. Realizado no pátio interno da Oficina Cultural Oswald de Andrade e na Casa das Rosas, em 2002; na platéia do Teatro Sergio Cardoso, em 2003 e na Casa da Palavra Mario de Andrade, em 2005. Traz como tema a vitória de Teseu sobre o Minotauro (a razão sobre a natureza selvagem), com a ajuda de Ariadne, que lhe dá um fio para guiá-lo em seu retorno do labirinto.

Performers e músicos apresentam suas cenas simultaneamente, enfatizando a expressividade de cada ambiente e a sobreposição de imagens poéticas. Os figurinos são como parangolés, aos quais se adicionam adereços manipulados plasticamente pelos intérpretes. Ao espectador, é oferecida a possibilidade de organizar seu próprio percurso e tempo de observação, a partir de suas próprias sensações.

Em Oikos, o mito não é descrito linearmente, mas representado por cenas que se deflagram por sua relação poética, estética e filosófica com ele. As personagens são tratadas arquetipicamente e as cenas não se organizam em uma unidade narrativa. A simultaneidade e a repetição por um tempo determinado das sequências de ações inspiram-se na idéia do eterno retorno seletivo de Nietzsche: eternamente mudando, eternamente recorrente. Labirintos dentro de labirintos: o mito e a filosofia se desdobram na dança e no espaço cênico.


















Ficha Técnica:

2002 e 2003

Concepção e Direção: Maria Mommensohn
Performers: Andrezza Moretti, Daniela Borgo, João André da Rocha, Márcio Marques, Paulo Petrella
Música original: Caco Faria
Iluminação: Marcus Filomenus


2005

Concepção e direção: Maria Mommensohn
Performers: André Goldman, Daniela Boni, Daniela Borgo, George Sander, Marcio Marques, Marina Carvalho, Marcelo Caraíba, Paulo Petrella
Direção musical: Sérgio Villafranca
Músicos: Dario Montesano, Carmem Flores, Jessé Siqueira, Jullye Zoz, Lennon Fernandes, Klaus Wernet, Rodrigo Gava.
Cenografia: Marilene Silva
Iluminação: Marcus Filomenus
Fotografia: Ricardo Escudeiro